terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fragmento mínimo

Nossa bandeira ao vento

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Nós à deriva…

Mais uma abordagem sobre a imagem que nos representa…

Perdidos no espaço

terça-feira, 21 de outubro de 2008

domingo, 5 de outubro de 2008

Encontro na ECO/UFRJ

No final de setembro, à convite do Andre Parente e da Katia Maciel, mostrei meus vídeos para os alunos da ECO. Foi um encontro bem bacana, com perguntas inteligentes pontuadas pelos experientes comentários de meus anfitriões.
Hoje achei essa simpática matéria da Monike, que devia estar presente mas que, infelizmente, não cheguei a conhecer:

Forum de Ciência e Cultura
A ARTE CONTEMPORÂNEA DE ANALU CUNHA
MONIKE MAR - AGÊNCIA UFRJ DE NOTÍCIAS - PRAIA VERMELHA

O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ recebeu nesta sexta-feira, dia 26, a artista Analu Cunha. Ela expôs seus trabalhos feitos de 2004 a 2008, e discutiu arte contemporânea no ciclo de palestras do Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-Imagem/ UFRJ), do Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ.

A videoartista é mestre em Linguagens Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ. Seus vídeos lidam com a relação do sujeito com o mundo em pequenos momentos de intimidade, um encantamento que parte de um instante solitário. A composição entre a imagem e a música demonstram sua preocupação com o desenho das formas e do som.

"Fujo de coisas ostensivamente técnicas": fuga que reflete em seus trabalhos de produção simples e de pouca edição. Em, Bubbles, uma menina parada no sinal é observada por uma câmera escondida do outro lado da rua. É o que somos levados a pensar até que a mesma menina aumenta o som de seu mp3 e passamos a escutar a mesma música que a tira de todo o tédio em meio à movimentação urbana. Quando isso acontece, percebemos que ela era uma atriz. Somos capazes de distinguir sempre o que é real ou não? Discutir arte contemporânea também é pôr em dúvida nossas percepções, instigá-las a conhecer o novo e nos desacostumarmos das convenções.

Em outra obra, a câmera que se movimenta em 360º no eixo de uma pessoa parada numa praça do Rio de Janeiro é reflexo do que Analu Cunha chama de "suspensão da realidade para deixá-la até mais real". Em Uma Ilha, a música que acompanha as imagens dos transeuntes colaboram para a criação do clima de dispersão e ao mesmo tempo de imersão do indivíduo em um instante.

"Você já sonhou que voava?". Essa foi a pergunta ponto-de-partida de Analu para fazer o vídeo Sonhos com Vôo. Ela convidou outros artistas para demonstrarem em frente à câmera como esses vôos se deram nos sonhos. O resultado é uma brincadeira de simulações, com abrir e fechar de braços e pulos no ar. O tom onírico e pueril de Sonhos com Vôo, caracteriza o bom-humor presente em quase todos os vídeos de Analu Cunha.

É comum pensar "isto eu podia ter feito" ao se estar diante da simplicidade dos trabalhos de Analu, e de outros artistas contemporâneos em geral. Mas o equívoco se dá em se pensar que a arte é algo distante, inalcançável, sem se perceber que na contemporaneidade é justamente esse um de seus diferenciais. Kátia Maciel, Professora de Comunicação e Artes da ECO e Coordenadora do N-Imagem, lembrou a célebre frase de Pablo Picasso: "eu levei minha vida toda para desenhar como uma criança".

Além da quebra de parâmetros, a arte contemporânea tem a função de provocar interatividade e dialogar com o espectador, que deixa de ser um mero observador: "A maneira como o indivíduo pode ser integrado às obras é muito significante na História da Arte", diz Analu. A convidada finaliza a palestra do ciclo "O que é Arte Contemporânea?", enfatizando a relação que o homem deve ter com o mundo ao seu redor: "a arte contemporânea diz respeito a nossa vida. Com ela podemos e aprendemos a ter um outro olhar sobre o que nos cerca".


Publicado em: 29/09/2008

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